Rafael com Marcos Vinícius: morte e ocultação de cadáver
(Foto: Reprodução/Facebook) |
A versão que Rafael Pinheiro, 28 anos, contou à polícia inicialmente sobre o desaparecimento do pequeno Marcos Vinícius— de que o menino havia sumido na feira de Itapuã — foi o tempo todo reforçada pela mãe do cabeleireiro, Anira Freire Pinheiro, 47 anos, que sabia da morte do menino, e será indiciada por induzir a polícia ao erro.
“Ele contou que chegou na feira com o menino nos
braços, mas que colocou ele no chão enquanto escolhia umas verduras e
que quando procurou novamente o menino havia sumido”, disse a delegada
Heloísa Simões, titular da Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP). Segundo
a polícia, a mãe de Rafael disse, em depoimentos, que um frentista e
uma lojista da região onde o menino sumiu viram o garoto ser levado por
um casal em um veículo Corolla de cor escura, o que corroborava a versão
de sequestro.
As investigações, porém, foram desmentindo a versão
e a polícia descobriu que a história havia sido inventada para
proteger Rafael. “O dono da barraca de verduras onde ele disse ter
perdido o menino contou que viu um homem com um celular com a foto de
uma criança, dizendo que o menino estaria perdido”, afirmou a delegada.
“Foi ela (a mãe) quem indicou as testemunhas: uma lojista que não
existe, um frentista que se chamava Ademir, que também não existe.
Ninguém contou essa história. Em todas as oitivas com Rafael, ela estava
presente. Com certeza, ela já sabia que o menino estava morto”, afirmou
a delegada.
Os barraqueiros da feira também negaram a versão apresentada por Rafael e Anira. Segundo a delegada Heloísa Simões, o dono do boxe onde ele disse ter perdido a criança contou que Rafael não estava com criança alguma. “No domingo, a gente já sabia que a criança não estava desaparecida”, afirmou Simões.
Pressão
Na segunda-feira, Rafael foi convidado pelo delegado Antônio Carlos Magalhães, titular da 12ª Delegacia (Itapuã), para prestar depoimento. “Nós começamos a investigar quem era a pessoa de Rafael. Pedimos para ele comparecer na delegacia e ele pediu para se apresentar com um advogado. Isso levantou a primeira suspeita”, afirmou o delegado.
Rafael foi ouvido anteontem e, pressionado, confessou o crime. “A primeira pergunta que eu fiz a ele foi: onde está o corpo do menino? Ele ficou nervoso e acabou confessando”, disse.
Os barraqueiros da feira também negaram a versão apresentada por Rafael e Anira. Segundo a delegada Heloísa Simões, o dono do boxe onde ele disse ter perdido a criança contou que Rafael não estava com criança alguma. “No domingo, a gente já sabia que a criança não estava desaparecida”, afirmou Simões.
Pressão
Na segunda-feira, Rafael foi convidado pelo delegado Antônio Carlos Magalhães, titular da 12ª Delegacia (Itapuã), para prestar depoimento. “Nós começamos a investigar quem era a pessoa de Rafael. Pedimos para ele comparecer na delegacia e ele pediu para se apresentar com um advogado. Isso levantou a primeira suspeita”, afirmou o delegado.
Rafael foi ouvido anteontem e, pressionado, confessou o crime. “A primeira pergunta que eu fiz a ele foi: onde está o corpo do menino? Ele ficou nervoso e acabou confessando”, disse.
A primeira versão apresentada pelo cabeleireiro era
de que o corpo havia sido entregue para um sacizeiro (morador de rua e
usuário de drogas), mas ele terminou voltando atrás e levou os policiais
até o local onde havia deixado a criança.
“Ele está preso na medida cautelar pelo crime de homicídio e ocultação de cadáver, resta saber através do laudo cadavérico se essa criança foi vítima de alguma violência ou uma complicação alimentar”, explicou. O laudo demora ao menos 30 dias para ser concluído.
“Ele está preso na medida cautelar pelo crime de homicídio e ocultação de cadáver, resta saber através do laudo cadavérico se essa criança foi vítima de alguma violência ou uma complicação alimentar”, explicou. O laudo demora ao menos 30 dias para ser concluído.
Multidão se reúne na frente do edifício-sede da Polícia Civil, na Piedade, aguardando a saída de Rafael
(Foto: Marina Silva) |
Penas
Os
delegados enfatizaram que o inquérito ainda não foi finalizado e que
não há data exata para a conclusão, mas contaram que, com base no que
foi levantado até o momento, é possível indiciar três pessoas. Rafael
Pinheiro vai responder por homicídio – a polícia aguarda o laudo para
saber se culposo (sem intenção) ou doloso (com intenção) - e ocultação
de cadáver.
Ele e Anira podem responder também por denúncia
caluniosa, por induzir a polícia ao erro. O cabeleireiro foi conduzido
para o Complexo Penitenciário de Mata Escura.
Segundo a polícia, a
mãe de Marcus Vinicius, Fabiana Carvalho, 18, é usuária de drogas e vai
responder, inicialmente, por negligência. “Ela deixou o filho de 2 anos
com um homem que ela conhecia há um mês, ou seja, uma pessoa que ela
não conhecia. Isso configura negligência e ela vai responder por isso”,
disse a delegada Simões, referindo-se ao artigo 245 do Código Penal.Fonte: Gil Santos/ Rede Bahia.
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