Uma vizinha da família de PMs morta em São Paulo disse que viu
duas pessoas, incluindo um policial militar fardado, pularem o muro da casa onde
o crime aconteceu por volta do meio dia de segunda-feira (5). Segundo a
testemunha, os homens comentaram que a família estava morta.
"Ele falava que ele entrou na casa e viu todo mundo morto. E
saiu. Só que daí, eles saíam e não veio ninguém. Só às sete horas da noite que
veio aparecer alguém", contou a mulher à TV Record.
Os corpos de Andreia Bovo Pesseghini, Luis Marcelo Pesseghini,
Marcelo Bovo Pesseghini, Benedita Bovo, 65, e Bernardete Silva, 55, só foram
encontrados à noite por um colega da PM e um familiar. A polícia informou que só
foi chamada ao local por volta das 18h30.
No horário que a vizinha afirma ter visto os homens saindo da
casa, por volta de meio dia, o garoto Marcelo ainda estava deixando a escola. A
polícia acredita que ele matou a família no final da noite de domingo ou
madrugada de segunda, dirigiu ainda na madrugada até a rua da escola, assistiu
às aulas, voltou para casa e se matou.
Versão contestada
A vizinha não acredita na versão divulgada pela polícia. Ela acredita que Andreia era o alvo do ataque. "Eu sabia que ela estava investigando alguma coisa errada aqui na Freguesia do Ó", diz. A PM foi a única que não estaria dormindo ao ser atacada - ela foi encontrada em posição de submissão, de joelhos.
A vizinha não acredita na versão divulgada pela polícia. Ela acredita que Andreia era o alvo do ataque. "Eu sabia que ela estava investigando alguma coisa errada aqui na Freguesia do Ó", diz. A PM foi a única que não estaria dormindo ao ser atacada - ela foi encontrada em posição de submissão, de joelhos.
A mesma vizinha diz que há meses um Meriva de cor prata estava
rondando a casa da família, passando informações sobre o local para alguém por
telefone. Ela não quis se identificar por temer represálias e não prestou
depoimento formal à polícia.
Um tio de Andreia, que também não quer se divulgar, também
duvida da versão policial. E diz que ao chegar na cena do crime, pouco depois de
um sobrinho e um colega de Andreia, atendeu dois telefonemas misteriosos.
"No dia desse crime, eu cheguei com meu filho na casa, estava
cheio de polícia, e o telefone da minha irmã tocou. Eu nem tinha visto o corpo
da minha irmã. Eu fui e atendi ao telefone, achando que era parente. A voz de
uma mulher falou, "é a casa do Marcelinho?". Eu falei, "quem quer falar com
ele?". Ela disse, "é da escola, é porque o Marcelinho não veio para a escola
hoje", conta. No primeiro depoimento, o tio não contou isso à polícia - ele
afirma que estava com a cabeça tão cheia que esqueceu. Ele prestou novo
depoimento nesta quinta.
O coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão da Polícia
Militar, onde Andreia trabalhava, chegou a dizer na quarta-feira em entrevista a
uma rádio que a PM fez denúncias contra colegas de trabalho envolvidos em roubos
a caixas eletrônicos. Ele voltou atrás nesta quinta.
Após a grande repercussão com a declaração do comandante, ele
negou que tenha feito qualquer tipo de investigação contra policiais no batalhão
e que, por esse motivo, ninguém foi transferido. O depoimento dele à
Corregedoria foi divulgado pelo “SPTV”, da Rede Globo. No seu depoimento,
segundo a reportagem, ele afirmou que “se perdeu em suas argumentações para o
repórter” da rádio. Fonte: Jornal Correio da Bahia.
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