quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Pai de bebê roubado na Bahia é preso.

O coordenador da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), Odilson Pereira, investiga a participação do pai de Laila Dias Santos no rapto da criança, há nove dias. O ajudante de pedreiro, Paulo César Alves Santos, o “Goia”, está preso desde ontem, mas nega qualquer envolvimento com o sumiço da filha.

Durante a investigação do sumiço do bebê, o delegado descobriu um mandado de prisão preventiva em aberto para o ajudante de pedreiro, expedido pela Vara do Júri.
Segundo os investigadores, Paulo César se manteve escondido em Matinha desde que assassinou com uma facada, Carlos Roberto Silva Santos, há seis anos.
A prisão aconteceu na casa da mãe, no bairro Jardim Valéria, onde Paulo teria buscado abrigo a partir da grande repercussão do desaparecimento de Laila, cujo destino continua sendo investigado pela polícia.

“Goia” admitiu ao delegado ter assassinado Carlos Roberto, no bairro Ibirapuera. Disse que a vítima tinha tentado roubar sua bicicleta. Mas, quando o assunto foi o rapto da filha , após insistir na negativa de envolvimento, disse que recentemente um morador da região, manifestou interesse em adotar a menina.
O nome dessa pessoa não foi revelado e Paulo César foi encaminhado ao presídio Nilton Gonçalves.

Polícia neta tráfico
Após o delegado Odilson Pereira, da 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), ter confirmado que Laila Dias Santos, de nove meses, foi sequestrada por quadrilhas envolvidas em tráfico de crianças, no sul da Bahia, outro policial desmentiu a versão.

O delegado Suzano Sulivan Macedo de Carvalho, titular da 1ª Delegacia de Vitória da Conquista, que está à frente das investigações, ressaltou que o rapto de Laila é um caso complicadíssimo, já que a única testemunha se trata do irmão do bebê, uma criança de oito anos, que disse não ter visto nada. Assim como, segundo o agente, nenhuma pessoa do vilarejo contribuiu com informações que possa chegar aos culpados.

O delegado acrescentou que não se trata de um sequestro, uma vez que os autores não entraram em contato solicitando à família, o pagamento do resgate, ou seja, “temos um fato, que a criança foi levada, mas não sabemos para onde, nem qual a motivação”, disse Suzano. O policial ainda concluiu dizendo que outros casos de sequestro de criança na região podem ter relação com o tráfico de crianças, mas não este de Laila. O delegado Odilson que confirmou o caso de Laila com tráfico de crianças, disse ainda que a menina seria achada em questões de dias.

Laila foi levada no dia 29 de outubro, quando estava dentro de sua casa no povoado de Matinha, localizado a 50 km da cidade de Vitória da Conquista, no Sudoeste da Bahia, no colo do irmão de oito anos, quando um carro vermelho e uma moto amarela, pararam na frente da casa e um homem invadiu o imóvel e raptou a menina. Nenhum adulto estava no imóvel.

Sobre a divergência de opiniões dos delegados, a Tribuna tentou, sem êxito, ouvir na tarde de ontem o coordenador da Coorpin, Odilson Pereira. Fonte: Mariacelia Vieira e Silvana BlesaJornal Tribuna.


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