A Divisão de Direitos Civis do Estado do Colorado (EUA)
decidiu que a escola pública Eagleside, da cidade de Fountain, discriminou uma
menina transgênero de seis anos ao proibi-la de usar o banheiro feminino.
Segundo o diretor da divisão, Steven Chávez, a proibição criava “um entorno
hostil tanto objetiva como subjetivamente, assim como intimidatório e ofensivo”.
Os pais de Coy Mathis -que biologicamente é um menino, mas
possui identidade e passaporte registrados com o sexo feminino- dizem ter sido
informados em dezembro que ela não poderia mais usar o banheiro das meninas. Ela
deveria escolher entre os da sala dos professores ou da enfermaria. Para eles, a
medida abriria caminho à estigmatização e ao bullying.
O Fundo para Defesa Legal e Educação de Transgêneros,
organização de Nova York, entrou com ação em nome dos pais de Coy contra o
Estado do Colorado. A garota, que vinha sendo educada em casa à espera da
decisão, poderá agora voltar às aulas. Os representantes da escola Eagleside não
quiseram comentar a decisão.
Em carta ao jornal “The New York Times”, em março, um advogado
da instituição disse que, “conforme Coy cresça e seus genitais se desenvolvam,
pais e estudantes provavelmente ficarão desconfortáveis”. Escolas em vários
Estados dos EUA, inclusive no Colorado, permitem a estudantes transgêneros
usarem os banheiros dos sexos com que se identificam. Um caso similar ao de Coy
aguarda decisão da Justiça no Estado de Maine. Fonte: Folha Press.
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