A criança está desaparecida desde o dia 4 de dezembro, após
uma troca de tiros entre policiais militares e suspeitos de tráfico de drogas.
Maicon estava brincando no bairro onde morava quando foi surpreendido pela
situação e, até hoje, ninguem sabe se ele está vivo ou morto.
"Chegando em nossas mãos, o procedimento será concluído",
declara o delegado, "Mas sem o laudo não tem como terminar o inquérito". Ele
também disse que o DPT chegou a manter contato com a delegacia há 15 dias,
afirmando que estava concluindo o laudo pericial. "Deste mês não passa", garante
o delegado.
Procurada pela reportagem do Correio24horas, a assessoria do
DPT definiu o atraso como "natural". Segundo o órgão, um inquérito tem previsão
para ficar pronto em até 30 dias, mas em virtude da complexidade do caso, este
pode ser estendido. O documento, que deveria ter sido entregue à delegacia no
dia 22 de março, já coleciona 46 dias de atraso. O DPT averigua agora se o
laudo já está pronto e se, por algum problema de comunicação, não foi repassado
e nem solicitado pela delegacia.
Exame de sangue
Questionado pela reportagem, o delegado Neuberto Costa revelou o resultado do exame de DNA realizado pelo DPT em uma mancha de sangue encontrada no local do crime. Segundo ele, a análise, entregue em fevereiro, revela que o sangue pertencia mesmo ao menino Maicon - o que comprova que ele foi ferido durante o tiroteio. Ainda não se pode precisar, contudo, se o ferimento foi causado por Policiais Militares.
Sangue encontrado no local do tiroteio era de Maicon, revela exame de DNA
Questionado pela reportagem, o delegado Neuberto Costa revelou o resultado do exame de DNA realizado pelo DPT em uma mancha de sangue encontrada no local do crime. Segundo ele, a análise, entregue em fevereiro, revela que o sangue pertencia mesmo ao menino Maicon - o que comprova que ele foi ferido durante o tiroteio. Ainda não se pode precisar, contudo, se o ferimento foi causado por Policiais Militares.
Sangue encontrado no local do tiroteio era de Maicon, revela exame de DNA
Na época em que recebeu o resultado do exame, o delegado
chegou a optar por não divulgar a informação até que o inquérito estivesse
concluído. "Estamos aguardando a conclusão do laudo pericial para evitar
qualquer tipo de pré-julgamento", afirmou Neuberto Costa em fevereiro - um dia
após a realização da reconstituição que contou com a presença de todos so PMs
envolvidos no caso e de familiares de Maicon.
Entenda o casoNa tarde do dia 4 de dezembro de 2012, enquanto brincava
com amigos em um matagal do condomínio Vila Bonita, onde morava, Maicon Batista
Braga foi surpreendido por um grupo de adolescentes apontados como suspeitos de
envolvimento com tráfico de drogas. Minutos depois, policiais militares
também chegaram ao local e trocaram tiros com os jovens. No meio da confusão,
Maicon se perdeu dos amigos e desapareceu.
Familiares bloquearam a BR-116 em janeiro pedindo agilidade nas investigações (Foto: Rodrigo Ferraz / Blog Resenha Geral)
Familiares bloquearam a BR-116 em janeiro pedindo agilidade nas investigações (Foto: Rodrigo Ferraz / Blog Resenha Geral)
Cansados de esperar por uma resposta da Polícia Civil, os
familiares da criança chegaram a protestar bloqueando a BR-116 no dia 4 de
janeiro, quando o desaparecimento de Maicon completou um mês. Apesar do
protesto, eles também foram obrigados a passar o aniversário de 10 anos do
menino, no dia 27 de dezembro, sem uma resposta para o caso. Fonte: Renato Oselame.
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